sábado, 29 de junho de 2013
"O Homem de Aço": Critica do site Cinematographe
(Por André Dick)
A desilusão com Superman - O Retorno de Bryan Singer em 2006 foi tão grande que a franquia acabou sendo deixada de lado pela Warner, até se encontrar uma possibilidade de retomá-la (imagina-se se teria sido melhor a versão planejada por Tim Burton, com Nicolas Cage, antes daquela de Singer). O grande problema parecia ser a comparação com a primeira série, cujos dois episódios, de Richard Donner e Richard Lester, eram referenciais para os filmes de super-heróis feitos a partir de então. Mas também porque Singer não conseguiu delinear um Superman para o público, preferindo situá-lo apenas como um indivíduo em busca da explicação para sua existência. Se a parte técnica do filme era respeitável, o mesmo não se podia dizer de sua falta de ação, a ponto de se desconfiar se era um filme de super-herói. Além disso, Kevin Spacey destoava como Lex Luthor, pelo menos quando comparado a Gene Hackman, e tanto Brandon Routh (Superman) quanto Kate Bosworth (Lois Lane) tinham dificuldade em trabalhar o roteiro. No início desta década, a Warner decidiu retomar a franquia, apagando o nome Superman e intitulando O Homem de Aço, desta vez a cargo de outro diretor, com novos roteiristas e atores.
Se as lições no que diz respeito à ação foram aprendidas com a versão desanimada de Singer, e atores melhores foram colocados nos papéis principais, O Homem de Aço tenta contrabalançar toda sua expectativa com doses maciças de movimento, ao mesmo tempo com uma tentativa de humanizar o personagem que remete a filmes mais contidos.
A primeira impressão é a visual, e parece que a paleta de cores frias foi um risco – independente de os primeiros filmes serem dos anos 70 e 80, uma época considerada mais ingênua, e o atual existir em meio a acontecimentos deste século. O primeiro Superman teve a fotografia de Geoffrey Unsworth (2001: Uma Odisseia no Espaço), e este possui o trabalho de Amir Mokri, mais conhecido por parcerias com o diretor Michael Bay, tornando a textura de algumas imagens parecida com a dos filmes Transformers. Quando acerta, e cria uma amplitude especial para os cenários, destacam-se as cores cinza e azul, com um tempo quase sempre chuvoso, úmido, sobretudo quando mostra a infância de Superman, trazendo imagens que lembram A Arvore da Vida, mas que não chegam a contrastar com o restante, além de luzes em ambientes escuros.
Com essa escolha, ainda temos o design do filme. Desta vez, Krypton é uma mistura entre os ambientes de Matrix e, sobretudo, de H. R. Giger (da série Alien), e ainda da Terra média, o que acaba prejudicando a desvinculação do filme dessas referências claras e tirando do filme seu impacto inicial, a não ser em imagens excepcionais na água (remetendo novamente a A Arvore da Vida). Não se trata, nesse caso, de reproduzir os dois primeiros filmes do Superman, mas dar um visual menos denso e derivado ao filme (as cores do Superman, afinal, também são icônicas para uma certa pop art). De qualquer modo, pode-se imaginar essa escolha para que se deixasse o filme parecido com um ambiente da Roma Antiga, inclusive nos cortes de cabelo e do figurino, e no fato de que, aqui, o herói surge como um Messias que pode ameaçar os rumos de um ditador.
O filme (alguns spoilers a partir daqui) inicia da mesma maneira que o original, de 1978, com Jor-El (Russell Crowe, lembrando Gladiador) e sua mulher Lara (Ayelet Zurer), colocando Kal-El num berço em formato de espaçonave, antes da destruição de Krypton, e o envio para o espaço do General Zod (Michael Shannon). À medida que o berço espacial cai na Terra, já se mostra o personagem, chamado Clark Kent, adulto, viajando pelo país, trabalhando nos lugares mais inóspitos, enquanto cada ação recorda um momento da infância, com seus pais, Jonathan Kent (Kevin Costner) e Martha (Diane Lane) – certamente, os atores mais humanos do elenco, ao lado daqueles que fazem Clark quando criança, Cooper Timberline e Dylan Sprayberry (ambos ótimos). Numa estação do Ártico, ele vai conhecer Lois Lane (Amy Adams). Embora Znyder conte com a excelente montagem de David Brenner – e ela torna orgânica essa transição do presente para o passado, inovando em relação às versões anteriores –, ele não estabelece uma ligação mais clara entre os personagens. Num primeiro momento, torna-se difícil entender por que a aproximação de Clark e Lois não acontece de modo mais lento, pois era este detalhe que tornava o espectador suficientemente próximo deles do filme de 1978 – depois, percebe-se que o objetivo era centralizar especificamente na ação.
Para um filme de 143 minutos, no entanto, falta uma transição entre as passagens: tudo soa um tanto abrupto (imagina-se, certamente, uma pilha de material na sala de edição). Também não há proximidade na apresentação dos componentes do Planeta Diário, como o chefe de Lois, Perry White (o competente Laurence Fishburne); parece que Snyder tinha receio de repetir a lentidão de Singer e tentasse acelerar mesmo o que acaba não sendo, de fato, mostrado. E torna-se difícil aceitar por que o personagem central simplesmente parece reduzir sua primeira participação ao fato de querer ajudar o exército dos Estados Unidos, com um tom triunfalista, que, se o uniforme não esconde, pelo menos na série universal era atenuado por humor (em determinado momento, o Coronel Nathan Hardy (Cristopher Meloni), depois de ver o herói destruir quase toda Smalville durante um combate, lamenta por não ter visto que ele na verdade é um amigo, não um inimigo).
Não é uma característica de Snyder, responsável pelo cansativo 300 e pelo visualmente interessante Sucker Punch, além de ter adaptado Watchmen, o humor, assim como não é um elemento que o roteirista David S. Goyer e o coargumentista Cristopher Nolan (responsável pela trilogia Batman), também produtores, têm em mente ao criarem seus filmes. Nolan, especialmente, costuma apresentar diálogos em muitos momentos expositivos – mas aqui, especialmente, se percebe a falta do seu irmão, que ajudou a fazer os roteiros da trilogia de Batman. Apenas nos momentos em que Jonathan e Clark Kent estão em cena, ele consegue traduzir uma espécie de humanidade do personagem de Clark, assim como em certa mitologia do ser perseguido por reunir em si a genética de seus descendentes. Há algumas escolhas estruturais que lembram especialmente Batman Begins. O personagem de Clark Kent, não por acaso, viaja pelo país, sofrendo, assim como Bruce Wayne em Batman Begins, e não por acaso a mocinha parece deslocada – nunca foi o forte de Nolan a concepção de um idealismo romântico. Do mesmo modo, enquanto o Batman realista de Nolan agia sempre com a polícia e o Inspetor Gordon, aqui o Superman parece integrar o exército mesmo antes de revelar todos os seus poderes. O tom contra a destruição de Gotham City era o mote em Batman; aqui o tom é contra a destruição da Terra, de aceitar que os humanos merecem sobreviver. Mas fica faltando o elemento humano: a Terra é ameaçada, mas parece que a população não se refere ao herói, criando um afastamento decisivo. Assim como Star Trek e outras produções recentes, há uma cota de referências ao 11 de setembro, lembrando em outras partes (não foi, diga-se, uma boa lembrança) Independence Day e Godzilla, de Roland Emmerich, em algumas cenas-chave, e, em seus melhores momentos, Guerra dos Mundos. O melhor, nesse diálogo entre filmes, é que há uma série de referências a Contatos Imediatos do Terceiro Grau, como a origem do Superman escondida embaixo de uma montanha do Ártico, quando ele volta à noite para ver sua mãe e entra pela porta a fim de ver a TV (como a do menino de Contatos imediatos), a aproximação da nave de Zod em meio a árvores, um retrato de Clark quando menino ao lado do pai e de uma montanha como aquela em que as espaçonaves descem no filme de Spielberg para encontrar o personagem de Richard Dreyfuss.
Nesta ação ininterrupta – e aqui o tratamento é exatamente de Snyder, já que Nolan não segue uma linha frenética –, a atuação de Henry Cavill é interessante, sobretudo porque tenta outro caminho que não o de Reeve (seguido por Brandon Routh, de Superman – O Retorno), e se Amy Adams não recebeu alguns diálogos a mais para justificar a ligação com o herói mostra-se novamente boa atriz. Na verdade, os dois têm um vínculo mais claro do que o casal de Superman – O Retorno, mas Snyder tira a sutileza que poderia haver na sua proximidade, tornando a faceta mais romântica deste filme quase ausente.
Por outro lado, existe, pela primeira vez, uma visão mais física dos poderes do herói, como o voo, assim como a ligação com os quatro elementos da natureza. Da água, passando pelo fogo, até a terra e o ar, sobretudo numa sequência-chave, considerada por alguns absurda, mas adequada ao contexto do filme, de que o herói, mais do que de aço, é uma composição da força da natureza, O homem de aço apresenta uma simbologia. Os efeitos especiais são extraordinários, ainda que a maneira como alguns deles são apresentados traga a lembrança de atos terroristas, assim como em Homem de Ferro 3 (não em Star Trek, cuja abordagem é mais discreta): parece que dentro da fantasia se quer tornar o ambiente pesado, extraindo a energia necessária para o envolvimento decisivo entre os personagens e, quando o herói fala em esperança para um grupo de militares, temos a impressão que ele está falando também como presidente dos Estados Unidos, o que soa irremediavelmente deslocado.
Há, com essa temática de fundo realista (o terrorismo), a presença de referências religiosas, e Snyder não é exatamente sutil ao abordá-las. Superman em vários momentos é comparado à figura de Jesus Cristo, inclusive no momento em que ele está na água com os braços abertos e de barba, ou quando diz que pode curar Lois Lane de um determinado ferimento, ou quando vai até uma igreja e um vitral da figura de Jesus é visto ao fundo, projetando-se ao lado dele. Mas nada, nesse sentido, se compara ao fato de que algumas vezes é referida sua idade: 33 anos. Isso acaba trazendo uma analogia ostensiva, que parece ser encaixada para tentar oferecer uma certa profundidade temática ao personagem de Jerry Siegel e Joe Schuster. Ela consegue ser melhor encaixada quando se visualiza seu nascimento, com a perseguição em seguida de uma espécie de cúpula rebelde que pretende tomar Krypton como a Roma Antiga, e sua infância, quando, num momento aterrorizante, se vê como Clark foi descobrindo, aos poucos, seus poderes.
Por toda a expectativa que criou, embora O Homem do Aço fique afastado das possibilidades que apresentava, como filme de ação funciona e diverte (mesmo com suas lacunas de roteiro), e nunca é entendiante (como alguns momentos de Homem de Ferro 3), mantendo a ação pelas idas e vindas do tempo, trazendo alguns acréscimos à mitologia do Superman (destaque-se a trilha sonora de Hans Zimmer). A questão é que depois de toda a grandiosidade buscada aqui torna-se complicado trazer a série para um movimento não apenas de blockbuster com ação frenética, mas como estudo de um personagem de quadrinhos que fascina desde sua criação. Parece que realmente, depois das experiências com Singer e Snyder, que Superman, ao contrário da série Batman, que teve Tim Burton à frente de uma franquia e Nolan à frente de outra, não tem conseguido diretores autorais, com, entre qualidades e defeitos, uma visão mais sensível. Quando está em movimento, O Homem de Aço impressiona, mas quando precisa lidar com os personagens o fato é que deixa o espectador nostálgico.
Man of Steel, EUA, 2013 Direção: Zack Snyder Elenco: Henry Cavill, Amy Adams, Russell Crowe, Michael Shannon, Kevin Costner, Diane Lane, Antje Traue, Ayelet Zurer, Cristopher Meloni, Laurence Fishburne, Cooper Timberline, Dylan Sprayberry Produção: Charles Roven, Christopher Nolan, Deborah Snyder, Emma Thomas Roteiro: David S. Goyer, Cristopher Nolan Fotografia: Amir Mokri Trilha Sonora: Hans Zimmer Duração: 143 min. Distribuidora: Warner Bros Estúdio: Atlas Entertainment / Legendary Pictures / Warner Bros. Pictures
NOTA: 3,5 /5
Fonte: Cinematographe
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Superman - O Homem de Aço
quinta-feira, 27 de junho de 2013
"Smallville": Michael Rosembaum deseja interpretar Lex Luthor na sequência de "O Homem de Aço"!
É quase uma certeza que um certo inimigo careca bastante familiar de Superman aparecerá na sequência de O Homem de Aço.
Enquanto que a lista de possíveis atores para Lex seja enorme, incluindo nomes como Bryan Cranston, Billy Zane e até mesmo Leonardo DiCaprio, um nome que não foi visto muito por aí é do próprio veterano Michael Rosenbaum!
Bem, o ator em questão oficialmente se ofereceu para o papel e está pedindo a ajuda dos fãs de Superman (escreva #RosembaumForLexLuthor em seu Twitter)! Rosenbaum postou hoje em seu Twitter, fazendo uma menção ao ator de Breaking Bad, Bryan Cranston, para continuar onde está.
Aparentemente o nome mais ‘forte’ até o momento parece ser Mark Strong (sem piadinha), mas como vocês se sentiriam em ver Rosenbaum retornar ao seu papel de Smallville na sequência de O Homem de Aço?
Não deixem de comentar!
Fonte: Legiao dos Herois (via CBM)
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Superman vs Batman
terça-feira, 25 de junho de 2013
"O Homem de Aço": Critica do site Omelete
O Superman teve uma jornada difícil nas telonas. Depois dos cultuados seriados cinematográficos dos anos 1940, os dois primeiros filmes com Christopher Reeve são aclamados até hoje como duas das melhores adaptações de quadrinhos de super-heróis para o cinema. A seguir, o ator estrelou dois dos mais controversos filmes do gênero, mas permaneceu para sempre no imaginário dos fãs de como o personagem deveria ser no cinema (e mesmo nos quadrinhos). Com isso em mente, Bryan Singer fez um incompreendido filme-homenagem que desagradou a maioria especialmente pela sua falta de fisicalidade - algo essencial para o maior herói de todos.
Anos depois, satisfeita com o sucesso da trilogia Cavaleiro das Trevas, a Warner Bros. deu carta branca ao produtor Christopher Nolan para que ele produzisse um novo rumo nas telonas ao primeiro de todos os super-heróis. Ainda que a necessidade de se explicar do cineasta (aqui muito menos incômoda que em seus filmes anteriores) continue presente, diferente do que muitos imaginavam, porém, Nolan não fez pesar sua mão em O Homem de Aço, que nada tem de "sombrio", herdando do realizador apenas o realismo que sempre o interessou.
Chamado para dirigir, Zack Snyder - de certa forma traumatizado com o resultado de Sucker Punch, em que mergulhou em seu próprio estilo -, tenta desesperadamente não ser ele mesmo, emulando outros cineastas com seu filme. Comparar os flashbacks em Smallville com o trabalho de Terrence Malick (A Árvore da Vida) é obrigatório, com o alienígena crescido na Terra contemplando a beleza da vida e explorando os EUA. São nessas cenas que o público consegue se relacionar com Clark Kent (Henry Cavill), vê-lo não como um alienígena, mas como alguém com sentimentos tão comuns quanto os seus.
A seguir, O Homem de Aço pega emprestado brinquedos da caixa de J.J. Abrams, enchendo a tela com "flares" e brilhos que fariam a Enterprise empalidecer. A ação e urgência, somadas à câmera na mão, lembram o trabalho do diretor de Além da Escuridão - Star Trek e Super 8.
Isso tudo combinado a um resquício do estilo do próprio Snyder, que filma lutas como ninguém, com seus takes mais longos e físicos, privilegiando o impacto. Aqui, não só Kal-El (Henry Cavill) parte para a porrada, como até seu pai, Joe-El (Russel Crowe, ótimo), abandona a fachada de cientista calmo para revelar-se um sujeito cheio de recursos e capaz de tudo para defender a família e o planeta. Completa o mix aquele visual dessaturado, um tanto bruto e sisudo, que Nolan tornou tão popular em O Cavaleiro das Trevas. Não é difícil imaginar os dois heróis juntos no cinema, afinal, e já surgem pistas de que isso pode acontecer.
Contado em fragmentos, com boas elipses (o corte que acontece depois da queda da nave no Kansas é surpreendente) e flashbacks emotivos, O Homem de Aço não é um filme de heróis típico. Entre cenas que buscam emotividade, permite-se explosões de fisicalidade e grandiloquência no melhor estilo Os Vingadores (um dos asseclas do General Zod é o Hulk perfeito) com direito a momentos que lembram a devastação épica de Transformers 3 e as lutas da série animada Dragon Ball Z, com deuses se engalfinhando e cidades caindo no processo. Tudo isso embalado pela trilha de Hans Zimmer, que nada ecoa o clássico tema setentista de John Williams, acrescentando urgência ao filme.
O resultado parece um dos filmes mais caros já criados, prova de que a Warner Bros. acredita na visão de Nolan e Snyder e no lugar que seu maior super-herói deveria recuperar nas bilheterias e no imaginário pop.
Entre esses arroubos épicos, há um filme menor ali, sobre um homem em busca de sua própria identidade, alguém em uma jornada de autoconhecimento que o levará a diversos cantos dos EUA, tendo como bagagem apenas os valores dos pais. O roteiro de Nolan e David S. Goyer é bastante claro na maneira como vê o Superman. Como nas análises clássicas, aqui ele é o messias, o enviado à Terra para guiar-nos, incompreendido e temido pelas forças vigentes. Há pelo menos três passagens que não deixam margem a dúvidas: Superman é Jesus Cristo em O Homem de Aço (o vitral da igreja, a menção à idade e a partida cruciforme da nave de Zod) e as implicações religiosas desse fato, ainda que pouco exploradas (provavelmente pelo afastamento que gerariam no público), interessam os realizadores. É aí que entra o realismo de Nolan: no interesse pelas implicações filosóficas, sociais e religiosas da descoberta de que não estamos sozinhos no universo.
Com sua atuação, Henry Cavill apaga qualquer comparação que poderia existir com Christopher Reeve. Ele é seu próprio Superman, Clark Kent e Kal-El. Interpreta com emoção (note os olhos marejados nas cenas com Diane Lane, que sequer pedem esse tipo de entrega, e a excelente cena em que - aos 30 e poucos - aparece adolescente) e com a ferocidade que determinadas sequências requerem. No meio de tudo isso, arranca suspiros de parte do público aparecendo sem camisa em diversas ocasiões. Igualmente competente está Michael Shannon, ator conhecido pela imersão, aqui mais surtado do que nunca. Seu General Zod é obcecado e irredutível, mas tem suas razões para tal, já que é um escravo de seu próprio papel, a representação alienígena da ordem e da proteção. A ele nunca foi dada nenhuma opção de escolha pela sociedade kryptoniana - e isso o torna um vilão dos melhores que já vimos em qualquer filme baseado em quadrinhos.
O elenco secundário é igualmente determinante no sucesso do filme, para situar o herói entre dois mundos. De um lado, Kevin Costner e Diane Lane. Do outro, Russel Crowe e Ayelet Zurer (Lara), cada um representando um conjunto moral que Superman necessitará para definir seu lugar - ele é o único kryptoniano capaz de tal escolha e esse tema, o do livre-arbítrio, dá ainda mais peso ao subtexto religioso do filme, que acaba até mal-desenvolvido depois de tanta construção.
Completa o elenco principal Amy Adams, como a icônica jornalista investigativa Lois Lane, ela também com seus próprios dilemas morais. Ainda que a personagem esteja perfeitamente alinhada com a criação das HQs, a necessidade de colocá-la no centro da ação é um dos pontos fracos do filme. Provavelmente inseguros se o público se relacionaria efetivamente com Clark, deram a Lois a função de ser a âncora da humanidade no filme. O problema é que isso gera alguns momentos incompreensíveis (como o convite para subir a bordo da nave de Zod). E como em todos os filmes escritos por Nolan, o amor (mesmo que nascente) é mais roteirizado do que efetivamente sentido. Salva-se ao final a última cena, graças à atuação da competente atriz.
Ainda que o roteiro insista em martelar seus temas principais a cada 5 minutos, não deixando nada para a imaginação ou interpretação (a Warner Bros. não aprendeu nada com o "medo" de Lanterna Verde), o espetáculo visual que é O Homem de Aço, porém, escapa incólume e diverte, com um desfecho que marca quem é este novo e sisudo Superman, que chega adaptado ao momento, carregando os valores pelos quais é conhecido, mas alguém que é capaz de reagir e tomar o controle da situação. Ainda que seu "S" represente a esperança, um Homem de Aço para tempos lamentavelmente menos otimistas e inocentes.
NOTA: 5/5
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Superman - O Homem de Aço
sábado, 22 de junho de 2013
[GAME] "Injustice: Gods Among Us": Superman terá traje inspirado em "O Homem de Aço"
A Warner Bros. anunciou que lançará um traje alternativo para o Superman inspirado no filme O Homem de Aço, em Injustice: Gods Among Us. Veja na imagem ao lado como ficou a aparência do herói.
A empresa informa que o conteúdo extra chegará em julho - ainda sem data precisa - e custará US$ 0,99 para o PlayStation 3 e 80 MS Points no Xbox 360. O extra não sairá para o Wii U.
Injustice: Gods Among Us conta com um grande elenco de ícones da DC Comics, como Batman, Ciborgue, Arlequina, Asa Noturna, Exterminador, Solomon Grundy, Superman, Lex Luthor, Flash, Arqueiro Verde, Mulher-Maravilha, Lanterna Verde, Aquaman, Bane, Mulher-Gato, Shazam, Adão Negro, Ravena, Coringa e Apocalipse.
A seguir, um trailer que mistura cenas do filme O Homem de Aço e o gameplay do herói em Injustice:
Injustice já está disponível para Xbox 360, PlayStation 3 e Wii U.
* Leia nossa crítica de Injustice: Gods Among Us
* Leia nosso especial Injustice: Gods Among Us e o Reino do Amanhã
Fonte: Omelete
domingo, 16 de junho de 2013
[Bilheteria USA] "O Homem de Aço" - 14 a 16 de junho
Como esperado, O Homem de Aço dominou as bilheterias dos EUA. O filme faturou US$ 113,08 milhões no seu final se semana de estreia, e se tornou a maior abertura de junho ao superar os US$ 110 milhões de Toy Story 3. Em quatro dias em exibição nos Estados Unidos, o novo longa do Superman chegou a US$ 125, 08 milhões.
A volta de Superman ao cinema, seis anos depois do filme de Bryan Singer (Superman - O Retorno), refaz a origem do herói, com Henry Cavill no papel principal, Christopher Nolan na produção e Zack Snyder na direção. O Homem de Aço estreia no Brasil em 12 de julho.
Confira abaixo o ranking dos dez mais rentáveis do fim de semana (valores em milhões de dólares) nos EUA, segundo o BoxOfficeMojo. As estreias aparecem em amarelo.
Pos.
|
Filme
|
Bilheteria
(7-9/6) |
Bilheteria Total
|
Custo
|
1 | $113,08 | $125,08 | $225 | |
2 | $20,5 | $32,80 | $32 | |
3 | Truque de Mestre | $10,32 | $80,00 | $75 |
4 | $9,43 | $219, 54 | $160 | |
5 | $8,20 | $41,84 | $3 | |
6 |
Os Estagiários(The Internship)
| $7,00 | $30,95 | $58 |
7 | $6,00 | $95,42 | $100 | |
8 | $5,66 | $210,49 | $190 | |
9 | $3,75 | $54,20 | $130 | |
10 | Homem de Ferro 3 | $2,90 | $399,61 | $200 |
Fonte: Omelete
terça-feira, 11 de junho de 2013
"O Homem de Aço 2" confirma Zack Snyder e David Goyer
O Homem de Aço, o novo filme do Superman, estreia na próxima sexta-feira nos EUA, e a Warner Bros. se prepara - com base na sua previsão de bilheteria, acima dos US$ 100 milhões no fim de semana de abertura - para anunciar a continuação.
Segundo o Deadline, Zack Snyder e David S. Goyer retornarão como diretor e roteirista, respectivamente, em Man of Steel 2 (título provisório). Christopher Nolan, desta vez, deve permanecer como produtor, mas sem se envolver tanto na produção e no argumento quanto em O Homem de Aço.
De acordo com o Latino Review, a produção vai mesmo acontecer rapidamente: as filmagens de Man of Steel 2 já estariam previstas para acontecer a partir de janeiro de 2014, com Henry Cavill de volta ao papel principal.
A questão é saber se a Warner Bros. vai mesmo oferecer Liga da Justiça para Snyder e qual filme sai primeiro: o próximo Superman ou Liga da Justiça.
O Homem de Aço estreia em 14 de junho nos EUA e 12 de julho no Brasil.
Fonte: Omelete
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