O seriado Smallville é, sem sombra de dúvidas, um dos maiores sucessos do canal Warner Channel. A história do jovem Clark Kent e sua jornada para tornar-se o Superman culmina nesta décima e última temporada do programa, que cometeu uma série de equívocos criativos no decorrer dos anos, mas que também conseguiu durar uma década inteira provando que as pessoas ainda têm muito interesse e se identificam com a saga do Superman.
Este artigo foi criado por fãs e jornalistas do site IGN e o Multiverso DC o traz em português para nossos leitores. É importante deixar bastante claro que as opiniões escritas aqui não correspondem totalmente com as nossas e são de responsabilidade total de seus autores. Obviamente analisaremos o que o seriado trouxe de bom, explorando as mudanças que a série fez com a mitologia do Superman e como estes resultados foram bons. Da dinâmica Clark Kent/Lex Luthor (conferir no 2° post deste Especial) até as experiências de um adolescente, Smallville fez muita coisa em dez anos.
O UNIVERSO DC VIVE!
Para os fãs mais hardcore, um dos aspectos mais adoráveis de Smallville é a oportunidade de ver vários heróis e vilões DC aparecendo em carne e osso. Durante toda a série, mais membros da Liga da Justiça foram aparecendo formando novas alianças com o futuro Superman. A lista inclui: Arqueiro Verde, Aquaman, Ciborgue, Impulso e Caçador de Marte. Até heróis muito menos conhecidos como a Legião dos Super-Heróis e a Sociedade da Justiça conseguiram seu cantinho. Com a chegada de Darkseid nesta última temporada a grande maioria dos vilões do Superman apareceu em Smallville.
Certamente reclamações podem (e em alguns casos devem) ser feitas a respeito das interpretações. Todavia Smallville merece algum crédito por trazer personagens DC obscuros em evidência, já que a própria Warner Bros. parece ter dificuldades em levar suas marcas ao cinema – a própria Mulher-Maravilha agora, como soubemos, vai ganhar uma série de TV ao invés de um filme, como tenta-se há tanto tempo – e tem outro detalhe ainda mais interessante: quais as chances que teríamos de ver a Sociedade da Justiça ou os Novos Titãs recebendo um tratamento live-action pra logo? E mesmo que a WB comece a agir como a Marvel tem feito, existem alguns personagens que jamais aparecerão nos cinemas, verdade seja dita. Smallville é o tipo de coisa que, no fundo, é a única chance de brincadeiras como o Sr. Mxyzptlk e Homem dos Brinquedos aparecerem fora do universo de gibis e desenhos animados.
Um programa de vida longa como Smallville pode afundar muito mais na mitologia do Superman que qualquer outro filme. Na maior parte do tempo, os produtores do programa fizeram um trabalho bacana de minar o universo do show com personagens e conflitos. O fato de Batman e Mulher-Maravilha nunca terem aparecido é triste. Por outro lado, jamais imaginaríamos que os Super-Gêmeos fossem aparecer em carne e osso.
TRAZENDO CRIADORES DAS HQs
Todo mundo sempre soube o quanto é importante que escritores de quadrinhos participem destas adaptações para outras mídias. Quem melhor que um autor de gibis para falar do personagem que escreve mês a mês? A Marvel Studios fez isso, e a Warner Bros. também com Geoff Johns - e antes até com Jeph Loeb.
Smallville apareceu muitos anos antes deste boom de quadrinhos em mídias “movimentadas”. Felizmente a série não teve vergonha de se consultar, em alguns momentos de sua trajetória, com criadores. Tanto Johns como Loeb participaram sempre que possível – este segundo, aliás, escreveu vários episódios antes de ir para Lost. Uma coisa que Johns fez muito bem foi unir várias influências das complexas cronologias de Legião e SJA em histórias compreensíveis ao público geral.
De modo geral o pessoal por trás de Smallville parece ter tido respeito e entendimento pelos quadrinhos originais. Miles Millar e Alfred Gough deixaram o programa na sétima temporada, e neste tempo trouxeram muitos personagens e arcos que sempre estiveram rondando a mitologia deste herói. Muitos escritores da série, como Bryan Q. Miller e Jesse Alexander, acabaram virando escritores de quadrinhos – o próprio Millar escreve Batgirl há quase dois anos e tem um público muito fiel.
Claro, o seriado sofreu com muitos arcos mal escritos e histórias pobres, até questionáveis, em muitos momentos. Porém o desejo dos criadores de explorarem o significado do Superman resultou em muitas coisas boas – afinal, não se fica dez anos no ar sem fazer algo realmente certeiro.
(Continua no próximo post)
2 comentários:
muito show seu post cara continue assim
Assisti o último episódio hoje e chorei que nem uma criança, Smallville vai deixar uma saudade que nunca vai se passar!!!
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